sábado, junho 10, 2006

O que queres ser quando fores grande?

Em tempos falei com um amigo acerca da mais velha profissão do mundo. Legalizar ou não legalizar... eis a questão:

No meu entender, tudo aquilo que a sociedade considera legal, em princípio será algo positivo, digno e aceitável para os seus cidadãos. Será isso que querem fazer com a prostituição? Torná-la digna? Ser aceitável uma mulher vender o seu corpo a um desconhecido? Criar um positivismo na profissão e um dia mais tarde dizer a uma filha: "Querida se é essa a carreira que queres seguir, força, é uma profissão legal, como todas as outras!"... Onde iremos parar?

Se a principal razão para a legalização é estas mulheres pagarem impostos... meus queridos estão muito enganados. Em qualquer profissão tenta-se fugir-lhes e esta nova profissão não seria a primeira nem a última. Desculpem-me, mas não estou a imaginar uma prostituta acabar o seu serviço e pegar nos seus recibos verdes (sim, porque hoje em dia a probabilidade de encontrar um emprego a contrato é muito reduzida) e começar a disparar: "Ora bem, hoje paga 1 anal, 2 bocal 3 posições nível 5 + taxa de não usar preservativo, com a retenção na fonte fica em...". Não brinquem comigo!

Meninos vamos ser razoáveis!

2 comentários:

Titá disse...

Concordo contigo. Há que haver aqui alguma razoabilidade e até seriedade a medir as consequências....

desculpeqqc disse...

Tal como muito bem referes, trata-se de uma das mais velhas profissões do mundo.

Sou bastante reticente em relação às legalizações.
Neste país há o péssimo hábito de legalizar ou legislar, em vez de resolver e corrigir.

Acredito que essa ‘profissão’ se vai manter por esta dimensão e quem o afirma são as mais elementares leis do mercado.

Assim sendo, sou a favor da legalização, não como mais uma receita de impostos, pois como muito bem afirmas, seriam mais uns a fugir ao fisco.
A favor, pelo simples facto de que, os dirigentes deste país passarão a ser obrigados a encarar a problemática e a zelar pela criação de condições de saúde e sobretudo segurança, para quem (por o mais variado tipo de situações) o pratique.