terça-feira, junho 20, 2006

Extremos

Companheiros e Camaradas
Lanço à discussão neste blog, os extremos!

"Para comprovar que a extrema-direita não existe ideologicamente, basta analisar o que se passa noutros países europeus. Em França, a Front National de Jean-Marie Le Pen é considerada igualmente como um partido de extrema-direita, no entanto é fortemente anti-homossexual, opõe-se às drogas e defende uma forte intervenção estatal na economia. Já na Áustria, o Partido da Liberdade de Jörg Haider advoga o liberalismo económico. Por sua vez, em Espanha, o Movimento Social Republicano, que defende o sistema republicano (o que seria, nesse país, tipicamente de esquerda), critica a acumulação de capital e diz-se abertamente socialista (mais uma vez tipicamente esquerda). Por outro lado, o MSR defende a preservação da identidade étnica espanhola e a unidade do estado espanhol (aqui tipicamente de direita), celebra os solstícios (festas de origem pré-cristã) e, mesmo assim, são enquadrados na extrema-direita! Continuando em Espanha, partidos como a ultra católica AES (Alternativa Espanhola) são também considerados de extrema-direita. Em Itália, a Liga do Norte, defensora da independência do norte de Itália é enquadrada na extrema-direita, enquanto a Alternativa Social de Alexandra Mussolini, também enquadrada nesta área política, defende a unidade italiana. E o que dizer dos nacional-anarquistas ou dos nacional-bolcheviques russos? Serão de extrema-direita ou de extrema-esquerda?

Estes exemplos servem para demonstrar que a “extrema-direita” é um mito, um rótulo inútil que nada diz sobre um partido ou um movimento político. É um rótulo usado apenas para denegrir e colocar num mesmo saco tudo aquilo que seja inconveniente ao actual Sistema. Hoje em dia, quer a Esquerda quer a Direita advogam a globalização. A Esquerda mais radical tem criticado recentemente a globalização económica. Porém, isso não passa de hipocrisia. Essa mesma esquerda, que sempre foi internacionalista («Proletários de todo o mundo, uni-vos!»), propõe hoje em dia a Globalização Alternativa (ou alterglobalização) que consiste na globalização dos povos e da cultura. Por sua vez, a Direita dos dias de hoje é cada vez mais favorável à finança internacional e à globalização económica. Só o nacionalismo rejeita todas as facetas da globalização, pois entende que qualquer uma delas é prejudicial ao bem-estar e à identidade da Nação."

Interessante,,,?

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