domingo, maio 07, 2006

congresso cds - pp

Ribeiro e Castro tem sido muito visado pela negativa neste congresso. Vejamos:
António Carlos Monteiro, denunciou "entraves" da direcção Ribeiro e Castro à actuação das estruturas que não votaram nele no congresso do ano passado, dizendo ainda que "parece que não se gosta das estruturas do partido e das pessoas que estão no partido";

"Este congresso pode alterar muita coisa, mas não altera a composição do grupo parlamentar, eleito por quatro anos pelos portugueses"- deputado Nuno Melo ao Diário de Notícias;

Telmo Correia (quem Ribeiro e Castro derrotou no último congresso) diz que Ribeiro e Castro não fez "um discurso empolgante";

João Rebelo e Luís Pedro Mota Soares, mencionaram as alusões "desagradáveis" de Ribeiro e Castro ao Papa e à Virgem de Fátima. Isto porque Ribeiro e Castro proferiu "há quem procure reabrir uma querela ideológica neste partido democrata-cristão, aberto a conservadores e liberais. Por mim, sou católico, de direita, conservador. Assim me fiz democrata-cristão e me tornei, com Amaro da Costa, um personalista engajado. Mas a mim nunca me ouviram a andar com a Senhora de Fátima ao colo ou a citar um Papa que fosse."

João Almeida (líder da juventude popular), "nós só crescemos no espaço da oposição se ns afirmarmos em relação à nossa concorrência e a nossa concorrência é também o PSD. Temos que nos afirmar naquilo em que somos concorrenciais ao PSD. Nós sabemos que não somos muleta do PSD, mas não temos que ter vegonha de ser melhores que o PSD. É esse o nosso caminho: ser melhores que os outros que connosco disputam o espaço da oposição.";
Álvaro Castelo-Branco (líder da distrital do Porto), acusa Ribeiro e Castro de agir à revelia desta estrutura. "Está sempre a dizer que quer unir o partido mas no último mês deslocou-se três vezes ao Porto sem nunca contactar a distrital. Isto não é trabalhar pelo partido. Isto é um acto de agressão ao partido".

Em defesa de Ribeiro e Castro, ouviu-se:
Anacoreta Correia (vice presidente CDS PP), dizendo que Ribeiro e Castro "não é um líder ausente, [por ser eurodeputado] até porque Bruxelas está hoje ligada a Lisboa seis vezes por dia";

Nogueira de Brito: "O grupo parlamentar é tecnicamente bom, mas tem que se convencer de que é do CDS e não é o CDS que é do grupo parlamentar".
Não haja dúvida que me parece um partido muito professante do catolicismo, com todas estas confissões... no fim, por certo serão todos perdoados - porque afinal degladiam-se uns com os outros, mas sempre em nome da democracia. Interessante, é o facto de para Portugal, de política visando o estado do país, a reflexão deste partido parece ser... apenas sobre Fátima, e o resto?!
Presumo, que a ser "punido", só o jovem João Almeida, esse adolescente inconsciente! Onde já se viu e ouviu dizer do PSD que é concorrência do CDS-PP. Acho que o menino vai ter que voltar a ter aulas de história acerca do partido. Então o João não sabe, que o CDS-PP já esteve três vezes no Governo mas sempre em coligação com o PSD!? (ah! também esteve em coligação com o PS - mas como este se situa à esquerda, o menino João nem se lembra que são amigos de ocasião e, por isso são sempre concorrência).

Sem comentários: