segunda-feira, abril 14, 2008

Abril folhas mil

Preparem as cassetes dos arquivos, desenterrem as figuras do costume e comecem a festejar o 25/4.

Lembrei-me este domingo que o 25/4 estava aí a vir. Será porque me chamaram fascista por não ter moedas para dar ao profissional que arruma ordenadamente os automóveis em Belém, depois de ter chegado a Lisboa via Ponte Oliveira Salazar? Ou porque de seguida encontrei o João: jovem votante no Bloco de Esquerda. Ele vinha a sair do seu BMW 120d e trocamos umas impressões sobre a vida de cada um (o que é que andas a fazer e tal e não sei quê). Um pouquito nada mais tarde, li uma notícia sobre o despedimento colectivo e outra sobre a vitória das manifestações dos professores. De volta para o carro vejo uma LUTA entre dois cãezitos e reparo nas diversas manifestações de CULTURA que um flyer do CCB publicitava.
Só faltava mesmo ligar o rádio e ouvir o Zeca a trautear as suas cantorias. O que felizmente não aconteceu.
Como estamos em Abril lembrei-me que está quase na hora de louvar a democracia e os seus fundadores. Fico todos os anos com a sensação que falta qualquer coisa na história daquele dia de uma floral revolução. Antes do 25/4 se falássemos éramos torturados pelo estado rico e controlador e depois tudo foi um mar de liberdade. Como tenho a noção que ainda estamos pouco distantes de 1974 fico à espera de um dia, lá para 2030, ver um programa estilo "Toda a Verdade" sobre o 25/4.
Ainda assim serviu este tema para finalmente começar a ler o livro da Irene Flunser Pimentel, "A História da PIDE". Estou a gostar.
Afinal foi Abril que me pôs a ler.

1 comentário:

osátiro disse...

Felizmente, os podres do 25/ Abril estão a aparecer...
e ainda se hão-de mostrar os crimes de lesa pátria que o 11/Março causou destruindo a economia portuguesa.Até precisou de dois acordos com o FMI!!!