sexta-feira, fevereiro 08, 2008

É só uma questão de poder

Sempre me fez um pouco de confusão a reacção do PS ou PSD quando perdem o poder de governar. É simples perceber que as derrotas podem definir o fim de um ciclo politico.

Não sou apologista do extermínio publico de um politico derrotado numas eleições.
Entendo como normal que a fragilidade no poder partidário pós derrota eleitoral potencie convulsões. A competição interna, a ambição e o aproveitamento de oportunidades politicas pelos militantes define a força da democracia de um partido.
A preocupação que partilho neste blog é a crise de identidade que ressurge ciclicamente. Hoje é bom sentir que para além do PCP há um partido sem problemas na sua doutrina. A moção do nosso primeiro levada ao XV congresso socialista reflecte a confiança que o poder oferece:
"(...)Partido Socialista não tem hoje uma questão doutrinária ou ideológica. Também não tem uma questão estatutária."
Mal o PS perca o governo podemos com facilidade imaginar a apresentação de uma moção com uma frase idêntica mais interrogativa e menos afirmativa.

Podia agora falar do PSD agora mas estou à espera das indicações do Cunha Vaz.

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