quinta-feira, janeiro 17, 2008

Referendar

Desde que o aeroporto dominou a opinião publica que tenho feito um esforço para não me esquecer da questão do referendo.
Compreendo a decisão do senhor SÓcrates. Os motivos que apresenta são na minha perspectiva razoáveis. A questão da conjectura internacional e do verdadeiro contexto do Tratado com o nome da nossa capital parecem-me suficientemente orientadores para se incumprir uma predisposição eleitoral (o senhor SÓcrates disse que não prometeu referendar este referendo em específico). No entanto tenho-me interrogado com frequência porque é que Portugal, país historicamente habituado a contactar com outros povos, nunca votou sobre a Europa.
Eu acredito que faz sentido o poder representativo. Eu voto num político qualquer de um qualquer partido para tomar decisões.
Mas interrogo-me sobre os motivos que levaram a nossa classe dirigente a nunca em 20 anos ter colocado nas urnas de voto este tema fundamental. Não sei que motivo pode haver para além da normal e pequena arrogância politica.
Espero que as crises do futuro nunca tomem dimensões desmesuradas. Acho que são decisões como esta que revelam falta de dimensão politica dos governantes.
Vai ser tão fácil por isto tudo em causa...

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