Despenalização? Descriminalização? Mulheres? Homens? Sociedade?
Algumas considerações já atrasadas mas sobre um problema actual:
- Não percebo como se pode discutir o aborto e colocar uma fasquia de 10 semanas sem qualquer dado científico que o comprove
- Não percebo como é que num país onde a pirâmide demográfica está totalmente invertida, sendo o país dos 25 onde essa inversão pode acarretar mais dissabores, que um Governo de Maioria Absoluta aposte em gastar milhões em abortos, em vez de promover a natalidade.
- Desculpem, fui naif. Esqueci-me que era um Governo Socialista, tão socialista que o que interessa é ser populista e aumentar a receita. Diminuir a despesa é que nem pensar. Portanto os benefícios fiscais para a Natalidade estão totalmente postos de lado.
- Não percebo como se podem ignorar os dados espanhóis, essa tão badalada sociedade, que dizem que o número de abosrtos de portuguesas é de 4000 por mês.
- Não percebo como é que não se aposta na prevenção do mal. Prefere-se arranjar a cura milagrosa que mais não vai fazer que aumentar o sofrimento.
- Desculpem outra vez, é mesmo um >Governo Socialista.
- Não consigo mesmo perceber que a responsabilidade seja só da mãe, quer seja casada ou não. No mínimo, e em caso de ser casada, penso que o marido devia saber. Mas a lei diz que não.
- Desculpem outra vez. ESta lei é para escamotear a lei da paridade, a mais machista desde o início do século?
- Não consigo compreender como é que não existe educação sexual nas escolas.
- Não consigo compreender como é que se diz levianamente que a "geração rasca" tem toda a informação que precisa mas muitos dos que estão no interior e com mais idade e afastados da informação massiva não conhecem os métodos contraceptivos. Não deixando de ser verdade, e que tal informar em vez de abortar?
- Será que a utopia chega ao ponto de considerarem que as mulheres que são espancadas em casa, já com 3 e 4 filhos, vão fazer um aborto a uma clínica legalizada? Para quê? Levar mais pancada a seguir?
- Não percebo, desculpem mas não percebo. Mas aceito que se possam fazer abortos até Às 10 semanas em caso de violação, má formação congénita, perigo de vida para a mãe ou mesmo em casos em que a precaridade quer social quer financeira não permita desenvolver uma criança com tudo o que merece.
- Ou alguém tem dúvidas que muitos vão ser aqueles que usarão este método com leviandade?
- Que não se preocuparão?
- A sondagem do DN é esclarecedora. O Sim irá vencer, mas com mais de 50% dos votos a serem de homens. Entre as mulheres apenas votam 35% no sim. É só pensar.
Ponderei votar sim, porque compreendo que há casais que não podem nem devem ter filhos porque isso poderia por em causa a própria sobrevivência deles próprios. Compreendo e aceito que "azares" acontecem.
Jamais poderei votar sim quando a pergunta é posta como esta foi. E a Lei redigida como esta foi.
E por curiosidade, isto parece um jogo de futebol dos anos 90 em que o jogo só terminava depois do Porto marcar o golo da vitória. É igual. Se o NÃO ganhar no referendo com menos de 50% dos votos, será feito um novo referendo daqui a 8 anos. Mas se o SIM ganhar mesmo que seja com menos que 50%, o Governo legisla.
Grande figura de ursos que vamos fazer às urnas. Não interessa. O resultado final já está definido.
A não ser que o bom senso ainda seja a grande arma dos Portugueses.
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